E no Matan Torah, onde a revelção pública e a outorga da lei aconteceu, O Criador teria ordenado apenas 2 mandamentos, e consequentemente o povo comum, morreu diante da revelação e do poder da consciência que era incapaz de suportar a divindade do acontecimento. "“A cada fala que saiu da boca de Hashem no Sinai, as almas de Israel saíram do corpo… e Deus as revivia com o ‘or tal’ (orvalho de ressurreição).”" - Shabat 88b
Midrash Shemot Rabá 29:4
“Quando Israel ouviu ‘Anochi’, suas almas voaram para fora; então Deus derramou sobre eles o orvalho com o qual Ele ressuscitará os mortos no futuro, e eles retornaram à vida.”
É literalmente dito:
Hashem testou neles a futura ressurreição.
Midrash Tanchuma (Yitro 11)
“Com cada mandamento, eles morriam pelo impacto da voz divina… mas Hashem os trouxe de volta à vida.”
E o Talmud diz o que aconteceu:
Eles morreram.
D’us reviveu.
Ele falou de novo.
Eles morreram de novo.
Ele reviveu.
Aí todo mundo grita:
“Moshe, chega!
Se Ele continuar falando, nós morremos de verdade.”
(Shemot 20:16 / Devarim 5:24–27)
E D’us aceita:
“Ok, a partir de agora Eu falo contigo (Moshe) e tu fala com eles.”
Porque a Revelação direta (Dibbur Elyon) expandiu a alma além da capacidade do corpo → a alma desligou → ele ativou o “tal” para reencaixar ela.
Mecânica:
Revelação → expansão → alma sai
Tal → contração → alma volta
É como abrir demais uma válvula e depois fechar para recalibrar.
Esse acontecimentodo Matan Torah, é também um segredo para o template da psiquê, Ratzó v’Shov.
O que aconteceu em Sinai:
a luz expandiu demais (or)
as almas “saíram” (ratzó extremo)
D’us recolheu a luz (shov)
as almas voltaram (tikkun)
Isso é a versão “∞” do mesmo processo que opera dentro de nós diariamente.
D’us não tem braço.
D’us não usa 'Orvalho'.
O termo no Sinai é TAL = força espiritual que reencaixa alma e corpo.
É chamado “orvalho” por analogia, não por substância.
É o mesmo mecanismo que será usado na ressurreição futura.
É um processo espiritual técnico, não físico.
A realidade não é estática.
A alma é elástica. Ela expande quando toca luz; contrai quando precisa voltar pro corpo.
Sinai é só o maior “zoom” dessa dinâmica.
Nós somos projetados para lidar com luz que ainda não suportamos.
O corpo cai. A alma sai.
A “morte" no Sinai é um overflow, não punição.
D’us nós ensina um padrão:
Expansão → Morte simbólica → Contração → Retorno com upgrade.
Isso é a arquitetura do crescimento humano.
A grande sacada:
Sinai não é APENAS um evento histórico; é uma estrutura interna.
Mas nós temos micro-Sinais:
quando estuda algo que estoura nosso entendimento;
quando um insight nos quebra por dentro;
quando nós sentimos presença espiritual forte e chora do nada;
quando nossa percepção muda de nível e o corpo não acompanha.
Isso é a mesma mecânica:
A nossa alma expandiu mais do que nossa estrutura atual suporta.
A diferença:
No Sinai → o corpo caía literalmente.
Hoje → nós “caimos” psicologicamente, emocionalmente, cognitivamente.