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O Rio de Janeiro tem muito, no cotidiano, aquelas experiências que te deixam refém, indignado, ultrajado, mas sem meios de comunicar aos outros, sem meios de elaboração simbólica. É estelionato, irregularidade, crime, sacanagem, tão intenso e com tanta frequência que as pessoas não elaboram, ou só elaboram como algo "normal".

Você fica "normalmente" num engarrafamento absolutamente sem sentido durante 1:30h: isso é frequente, não tem sentido, o desenrolar dos fatos é absurdo, isso nunca mais deveria ocorrer e, quando você vai contar para alguém a elaboração simbólica única possível é "ah, sim, um engarrafamento, entendi".

Não, meu amigo, as pessoas não entendem o regime de vivências do RJ. Viver engareafamentos não é igual, ninguém vive tantos, com tão pouco sentido, sem a possibilidade de mudar, com todo mundo tocando o fd-se para tudo e para você no nível aqui encontrado.

Mas é claro, há a outra opção: não elaborar, rir de tudo e, se tiver a opção, dar sua própria contribuição ao caos.

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