An unpublished primary source of Michel #Foucault, transcribed from his lessons from 1954-1955 at École Normale Supérieure and annotated by Jacques Lagrange: *Problèmes de l'Anthropologie*, published in Espaço Michel Foucault:
- Link [Espaço Foucault](http://michel-foucault.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/foucault___lagrange_-_problemes_de_l_anthropologie.pdf)
- [Direct](https://philarchive.org/go.pl?id=FOUPDL&proxyId=&u=https%3A%2F%2Fphilpapers.org%2Farchive%2FFOUPDL.pdf) link [Philpapers](https://philpapers.org/rec/FOUPDL)
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Numa terra distante, onde as estepes douradas da Rússia encontravam os rios sagrados da Índia, vivia um estudioso chamado Vasili.
Nascido numa linhagem de guardiões da sabedoria, Vasili passava seus dias imerso em textos antigos — alguns inscritos no delicado sânscrito das Upanixades, outros na tinta sombria das lamentações de Dostoievski. Ele buscava, acima de tudo, dominar o próprio tempo.
Um dia, um sábio errante chegou ao estudo de Vasili, carregando uma ampulheta peculiar. Diferente de qualquer outra que Vasili já vira, sua areia não escorria constantemente para baixo — ela pairava, suspensa, como se aguardasse permissão para cair. O sábio sorriu e colocou a ampulheta sobre a mesa do estudioso.
“Esta é a Ampulheta do Guardião do Tempo”, disse o sábio. “Vire-a, e você poderá vislumbrar seu passado ou seu futuro. Mas cuidado — você pode perder o que é mais precioso.”
Ansiosamente, Vasili virou o vidro.
Imediatamente ele se viu como um menino, aprendendo sânscrito sob o olhar severo de seu avô. As mãos do menino tremiam enquanto ele traçava versos sagrados, seu coração ansiando por um futuro em que seria sábio e reverenciado.
Fascinado, Vasili virou o vidro novamente. A areia se inverteu, e agora ele se viu como um velho — rico, respeitado, mas cheio de uma tristeza inexplicável. Ele estava sentado sozinho em uma grande sala, suas mãos repousando sobre livros não abertos, sua mente doendo pelas anos perdidos em estudos.
Vasili estendeu a mão para tocar seu eu futuro, mas no momento em que o fez, toda a visão se desfez. A ampulheta rachou, e a areia dentro dela se transformou em pó. O sábio, ainda sorrindo, falou mais uma vez.
“Você passou a vida correndo atrás do tempo, Vasili. Mas o passado é um sussurro, e o futuro é uma miragem. Apenas o presente é real. Se você não vive agora, você nunca viverá de verdade.”
Naquele momento, Vasili sentiu algo que nunca sentira antes — o peso do agora. O calor do sol em sua pele. O cheiro da tinta secando no pergaminho. A respiração em seus pulmões, nem de ontem nem de amanhã, mas apenas deste momento.
E pela primeira vez, ele não alcançou outro livro. Ele simplesmente sentou, ouvindo o mundo como ele era, e não como ele desejava que fosse.
Há um hype de estudantes universitários que se reúnem para fazer pregação religiosa na universidade. Estão vendendo isso como se a universidade proibisse os cultos, sob aquele preceio de que "o Evangelho deve ser propagado em qualquer lugar", quase como um gesto de libertação contra a "repressão" da universidade.
Eu enxergo nisso tudo um fenômeno mais profundo.
A universidade jamais proibiu nada. E como é um lugar de ciência, de discussão, de conhecimento, ela sempre permitiu a experimentação em diversos campos. Sendo lugar de todas as ciências, também jamais proibiu experimentações culturais e artísticas, muitas das quais já foram confundidas com vagabundagem e balbúrdia. Além disso, porque é a expressão mais alta da racionalidade ocidental, a universidade é há séculos lugar de contestação e crítica.
Nisso, ninguém jamais foi proibido de manter suas crenças anteriores dentro da universidade. A questão é que, fora da universidade, muitas crenças não são/eram apenas difundidas, mas são impostas. Que se veja a repressão dos traficantes e milicianos evangélicos a muitos cultos afro do RJ, por exemplo. A universidade seria ou deveria ser, nesse sentido, muito mais um lugar de interrogação sobre por que muitos cultos são recusados e outros impostos.
A universidade carrega consigo aquele velho tema de que a razão, em si mesma, não tem poder algum senão o de convencimento, e por isso a ciência e a democracia seriam as maneiras menos piores de se viver.
Mas nos anos 2000 há quem, faltando com a razão, muito oportunamente quer fazer valer seus interesses e exercer seus poderes invertendo os termos, dizendo que a universidade sim é que é repressora. E assim se torna possível destruir a universidade dentro dela mesma, com essas simulações de religião que, se fossem sinceras, estariam na igreja.
O sulista fala mal do #Funk carioca. Aí você pergunta "e o que você ouve?"
- Sertanejo universitário
Quando te disserem que o problema das #fakenews não é sério, mostre esse vídeo:
https://www.instagram.com/reel/DHbjA9wRqRl/?igsh=MWR4cmtmaGQzMXpmbw%3D%3D
Frequentemente a gente fica quieto quando vê um absurdo. Ficamos silenciados ou constrangidos a falar.
A estratégia da #ultradireita é o contrário: é povoar as mídias, botar tudo para falar, no famoso recurso do #tiodowhatsapp . E tanto melhor se ficarmos calados.
É aí que está o essencial: povoar as redes, ou deixar que a ultradireita a povoe.
Em #Curitiba a prefeitura está criando estratégias para desarticular as gestões públicas historicamente conquistadas e criar filões de exploração privada dos cupinchas, vulgo mamata, quer dizer, "parceria público-privada".
Uma bola que ficou quicando: no início da pandemia #COVID em março de 2020, muita gente imitava os europeus e ficava nas janelas aplaudindo os médicos.
As campanhas de desinformação e #FakeNews do #Whatsapp não tardaram. Não muito depois, essas mesmas pessoas se puseram contra o isolamento social e começaram a defender antibiótico e vermífugo para curar vírus.
Eis aí uma das maiores campanhas de publicidade do Brasil, caso ainda mais importante que a revolta da vacina, pois já ceifou mais de 700 mil vidas.
Denunciei no #facebook uma postagem da "Direita Nacional" na qual ela divulga explicitamente uma campanha de intolerância (usando essa palavra) "contra o PT" (sic.). Não se trata de antipatia ou rivalismo, mas de campanha de ódio, e não "contra o #PT", sim contra tudo o que discorda da pauta, que é chamado de "petista".
O facebook não removeu.
É Big Tech sendo Big Tech, e a única coisa que mantém isso aqui somos nós.
Retornarei ao processo de desintoxicação dessas #BigTechs, cultivando o #Mastodon
FOSS infrastructure is under attack by AI companies https://thelibre.news/foss-infrastructure-is-under-attack-by-ai-companies/ Please boost for awareness, reach and to public shame Microsoft, Meta, OpenAI, Perplexity and other such AI companies.
O #Instagram é uma usina de energia: há tanta luz, beleza, coisa boa, brilho, perfeição, que é impressionante não haver vestígio de sombra.
É um pouco o espelho de nossa realidade, ou seria agora nossa realidade um espelho do instagram?
O fato é que, quanto mais dura é a luz (como aquela do meio-dia), mais profundas são as sombras.
Mas isso se a vida pudesse ser contabilizada em meras luzes e sombras. Pois a História nos ensinou que esse jogo é muito mais parecido com o clima: um tempo ensolarado não dura muito tempo, a não ser num desertto. E quando não se está no deserto, um clima muito solar apenas perdura se as massas de ar quente afastam as chuvas. Mas aí o clima fica cada vez mais quente, até a medida do insuportável, até que acaba se revertendo numa tempestade implacável, numa intempérie que carrega tudo consigo.
Sou um entusiasta dos blogs desde o início.
Hoje o #blog Askesis, que reúne material sobre #filosofia e #cienciashumanas, obteve um registro ISSN. É um momento de grande alegria
Bem gostaria de saber que tipo de pesquisador acha que a mesma biodiversidade ocorre em manchas pequenas de floresta, espalhadas, e em manchas grandes, com muita floresta.
Imagino que seja o pesquisador de rabo preso.
@botPIGciencia https://mastodon.world/@botPIGciencia/114151490535021083
Você vê uma postagem de ódio no #Facebook e denuncia. Algum tempo depois, a resposta é "não removeremos a publicação".
Aí você posta uma foto de #SebastiaoSalgado, as pessoas sem camisa enfrentando a polícia numa desapropriação de ocupação do #MST, e o facebook bloqueia.
Tô sabendo.
À la découverte des thèses annotées de Michel Foucault
Emmanuel LE DOEUFF et Thierry LESAGE écrivent sur les thèses soutenues par #Foucault en 1961
> Cette « monumentale et déroutante thèse1 » intitulée Folie et déraison : histoire de l’expérience de la folie à l’âge classique, fut soutenue en 1961 ; la BU Henri-Piéron en conserve les trois volumes annotés, ainsi qu’une thèse complémentaire en deux volumes intitulée Introduction à l’anthropologie de Kant. Par quelle opportunité l’ensemble de ces volumes de thèse a-t-il intégré les fonds de collection de la BU Henri-Piéron ? Pourquoi sont-ils annotés, que disent ces annotations et que permettent-elles d’en déduire sur la nature-même de l’exemplaire et sur les publications qui ont suivi ?
Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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