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'De seguida, para quem acredita na capacidade de oposição da academia, da função pública ou dos media a uma deriva autoritária, também aqui o exemplo húngaro nos deve abrir os olhos. O que parecia impossível, aconteceu: há universidades que saíram do país ou foram aparelhadas por fiéis partidários, há jornais que foram fechados de uma semana para a outra ou comprados pelos “amigos” do primeiro-ministro, e os altos funcionários públicos habituaram-se a ter de viver com testes de lealdade e a admitir escutas telefónicas aleatórias durante x meses a cada x anos, que nunca sabem exatamente quais são, e que são autorizadas diretamente pelo ministro da Justiça.'
@ruitavares
expresso.pt/opiniao/2024-07-11

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