Nunca pensei que "aprender a viver com COVID" fosse aprender a fazer com a cabeça o que fazem as avestruzes. Vamos todos a continuar a fingir que não há COVID e aumento da transmissão no Natal e fim do ano. "Aprender a viver" deveria subentender vacinação mais alargada, bem como uma cultura de testar antes e usar máscara com grupos grandes, idosos ou pessoas com imunidade comprometida---em vez de tomar benuron para esconder sintomas. Portugal deixou de publicar analise de águas residuais, mas sabemos através dessas medições que nos EUA acontece a segunda maior onda de infeções sars-cov-2 de sempre (
https://erictopol.substack.com/p/sotp-state-of-the-pandemic). Sabemos também que só a vacinação com a ultima vacina dá proteção (60%) contra hospitalização; ter vacinas ou infeções anteriores não dá proteção (https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.24.23300512v1), e isto é verdade para todos os grupos etários (https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2813910). Mas as nossas autoridades de saúde publica vão continuar a dizer que a mortalidade “é do frio”. (não estou a menosprezar o efeito da gripe que certamente contribui mas padece dos mesmos problemas acima)