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O novo logo do twitter

O é um caso paradigmático das economias baseadas em bilionários e sua relação com a sociedade.

É uma economia baseada no dinheiro a todo custo, com uso pesado de algoritmos e políticas de microssegmentação.

Quatro características fundamentais mostram muito bem o papel das pessoas para essas políticas:

1) as pessoas não são clientes (fins do serviço), mas usuários (meios, instrumentos): as plataformas de Big Data são feitas para as pessoas permanecerem ali, para se “engajarem” o máximo possível e assim cair com eficiência em estratégias de Marketing (estas sim, feitas para os clientes que pagam serviços às )

2) as BigTechs não se importam com ética, e sim com o engajamento: são inúmeros os exemplos na literatura, e de diversos modos, a mostrar que não há problema nos conteúdos desde que tragam o maior número possível de pessoas. É aí que entra o pouco caso das BigTechs para com as e as políticas de ódio

3) há um alheiamento quase “celestial” das bigtechs frente aos usuários: quanto mais os bilionários e suas companias criem uma impressão de afastamento do público, como se não estivessem aí e de maneira ativa, melhor

4) quando se apresentam, os valores das BigTechs são muito nítidos. É o que se vê com o caso de Elon Musk no twitter, implodindo toda imagem que a plataforma construiu sobre ser uma fonte viável de informação. O alheiamento de Musk aos usuários só é proporcional ao tipo de desprezo e petulância usados contra o twitter, indo das demissões e mudanças de padrão às interferências diretas em vieses políticos.

O novo logo do twitter só vem a expressar tais estilos.

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