@askesis a "medicina quixotesca" conversa com a minha vivência.
no dia a dia, vejo práticas que variam da negligência para a imprudência. O "primum non nocere" é deixado de escanteio. O pessoal sempre tem uma posição consolidada pra tudo!

@DeBMC o bolsolalismo reforçou muito isso, e isso tem muito a ver com formação de médicos, status e dinheiro. Grupos como a Cruzeiro do Sul, criados pelo Paulo Guedes, tem criado um monte de cursos de medicina caça-níquel, com programas pré-formatados de aprendizagem e enxugamento de todo o conhecimento experimental e clínico em nome de a espécie de darwinismo social: os novos médicos não precisam ser mais avaliados no atacado, é o varejo que vai permitir julgar um médico bom ou ruim. E a "prática", depois da formação, a que vai "selecionar" os bons profissionais.

Aí a medicina deixa de ser medicina e vira o que o artigo conta.

Isso é um problema gigantesco, de muito plástico sujo no mar da medicina, e só estamos presenciando os primeiros sinais.o q acha?

@askesis a expansão da formação médica serve à privatização da saúde. E aí o conhecimento médico é estratificado pras classes sociais, onde os que possuem menor conhecimento (ou querem se 'desgastar' menos) atendem as classes mais baixas. Esses vão trabalhar como contratados temporários na rede pública, como PJ em redes próprias de planos de saúde ou clínicas populares. O médico tem dificuldade em ter um plano de carreira, apesar de nunca ficar desempregado.
No SUS, a precarização do vínculo empregatício (do médico e dos outros profissionais de saúde) é devastadora pra qualidade do atendimento. Aqui no Rio, é basicamente contrato temporário com baixo salário e sobrecarga de trabalho. Mas como atende "sub-cidadão", não há exigências. Eles só precisam dar conta da demanda. E rodar leitos.

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