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# O horror ocidental

"Gostaria, diante de vocês, esta noite, de tentar me justificar. Não sei até que ponto o que vou ser levado a dizer irá coincidir com as preocupações de vocês ou se inscrever na problemática geral que é a sua. Também não sei se conseguirei me explicar melhor sobre o que resta da ordem, para mim, de uma fascinação. Este gênero de exercício, como se sabe, é perigoso. Minha fala será, portanto, um pouco experimental. Peço a vocês, antecipadamente, que me desculpem.
Quando digo: No coração das trevas é um dos maiores textos da literatura ocidental, penso, simultânea e indissociavelmente, em duas coisas: em sua potência mítica e naquilo que o constitui como acontecimento do pensamento. É impossível, legitimamente, fazer a separação: o mito do Ocidente, que essa história recapitula (mas para significar que o Ocidente é um mito), é literalmente o pensamento do Ocidente: aquilo que o Ocidente "conta" que ele precisa pensar sobre si mesmo: que ele é o horror - vocês sabem, vocês leram essas páginas..."

Êta que lá vem um baita texto de Philippe Lacoue-Labarthe sobre scielo.br/j/alea/a/g9mD9wsf5ZR

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