É que isso td também envolve outro jogo: o das reedições. Uma reedição pode ser usada sob vários propósitos, desde aludir diretamente à original (aí é um pouco parecido com o q vc aludia no início, sobre usar diretamente a data da publicação), até mostrar que houve traduções diversas (que influenciaram até na interpretação, melhor ou pior, de um autor ou idéia, ou mesmo chegaram a impor interpretações), ou até mesmo as alterações da mesma obra pelo próprio autor. E assim por diante.
Por ex: é completamente diferente se leio Nietzsche numa tradução ou n'outra, ou se o leio numa edição alemã do início do século XX, do meio ou nas edições hoje disponíveis. Mesmo no Brasil, se leio Freud o resultado do mesmo texto variará conforme a edição da tradução empregada; e se não leio na tradução e sim no original, isso vai depender do número de vezes que o texto foi publicado em vida, se houve reformulaçoes etc.. E assim por diante.
O jogo de datas é bastante complexo, rsrs
@gojonnes @lgpsales
Pense, por ex, que vc vai trabalhar a composição da teoria da evolução ou dos Principia de Newton: eles não foram gerados automaticamente; seguem a trajetória de cada um dos autores, mas também outros dados diretos e indiretos da época; ter que repetir a toda hora no corpo do texto, ipsis litteris, a data de cada escrito é contraproducente. Recursos como "Darwin 1859/2008" ou (Darwin [1859] 2008) ajudam imensamente e são de fato usados com frequencia, pois não se está fazendo história da carochinha, e sim história da lógica de um autor (inclusive considerando o número de redundâncias ao ter que ficar repetindo no corpo do texto toda hora a data de cada escrito, embora, como eu disse, isso tb acaba sendo feito devido a carências como essa do Zotero).