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@fbobraga provavelmente meu gosto foi viciado por certos aspectos pessoais (ter lido o livro, praticado montanhismo, ter certo contato com relações entre lugares e espiritualidades locais e ser cheio de imaginário sobre os himalaias e os andes), mas de todo modo não sou cinéfilo :)))

Um que sempre me marcou é *Sete Anos no Tibet*, de Jean-Jacques Annaud. Da história real à adaptação à fotografia e trilha sonora.

Sempre me emociono. Uma história de como a vida dilapida qualquer ego, deixando apenas a angústia e as resoluções existenciais, que são nosso traço mais profundo.

Há o livro de Heinrich Harrer, mas não só: Peter Aufschnaiter também escreveu um livro, menos conhecido, intitulado *Oito Anos no Tibet*.

Nos anos 1970 estávamos em plena era da revolução sexual, e nessa época começou a publicar 3 estudos sobre a história da sexualidade. O lema, nessa época, era o da liberação sexual, do prazer liberado de qualquer grilhão, do sexo sem culpa.

E Foucault, já no vol. I da Historia da sexualidade, tentava dizer "cuidado aí, não é bem assim": no chão desse protagonismo e bom-mocismo contra a repressão do sexo, será que não passam mecanismos de poder que as pessoas simplesmente desconsideram, mas que igualmente as governam? Ao focar a crítica no caráter simplesmente repressivo sobre o sexo, não estaríamos fechando os olhos para mecanismos ainda mais insidiosos, que fazem o sexo falar ao invés de calar, se proliferar em inúmeras formas ao invés de parar, e ser em todas essas formas inteiramente regulado, tanto nos aspectos individuais quanto coletivos?

É certo que mecanismos de repressão existem e precisam ser localizados e combatidos. Mas Foucault deu vários passos a mais e ensinou que é importante desconfiar de qualquer bom-mocismo que transforma alguém em automático protagonista da História, arrastando consigo as consciências ignorantes. Esses apenas reiteram mecanismos que caberia a eles mesmos criticar.

Not every master is exactly that one that we imagine. An historical mistake surrounding a photo atributed to "Cartier-Bresson", but made by Rui Palha.

youtu.be/Z6TjZvs3Ges?si=BpvMeZ

"Fique tranquilo: nada está sob controle"

@miguelmedeiros@ursal.zone tb gostaria de saber, blt deveria ser uma coisa muito localizada e especifica.

Acho que sou o único ser do planeta que não acha legal fazer lives ou assisti-las. Menos ainda quando são acadêmicas.

@Bruiserzinha há alguns anos vez fui ver um imóvel parecido, era anexo à casa da dona.

Após me mostrar, passamos pela porta da cozinha que dá para a rua. Atrás dela estava escrito: "Se saí, fui com Deus; se não voltar, estou com ele".

Os jovens de antigamente até poderiam ser um nada (para aqueles que gostam de ignorar que a juventude é o futuro).

Aí veio o Tiktok e o Instagram (e de algum modo todo mundo pressente que não haverá mais futuro).

Na universidade há uma tensão cada vez maior entre atividades administrativas e acadêmicas, especialmente de pesquisa. Ocupar o tempo numas dificulta as outras. Não é à toa que as pessoas se encastelam nesses dois extremos. Só que a pesquisa sempre é o termo mais fraco, instável e custoso da coisa.

O Gmail quer que eu mude para um email aprimorado, com aquele cheirim de que uma IA fará tudo por mim.

Imaginar uma IA organizando meus dados é como imaginar os algoritmos das Big Techs organizando os resultados de busca e as coisas que aparecem nas redes sociais: um desastre.

Um trabalho do cão para depois ver todo mundo elogiando um gringo que fez a mesma coisa em melhor condição

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Tomei uns caminhos na pesquisa nos quais achei um bocado de coisas novas, que exigiriam tempos próprios para desenvolver cada uma e colocar no papel. O problema central já deixa semanas em frente à mesa, noite adentro e nos fins de semana.

E isso tudo vale menos do que os desvios e interrupções que precisam ser feitos para retrabalhos, burocracias, pequenos problemas etc.

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