É muito louco que, quando vamos buscar literatura sobre o último , há abundância de certas coisas e falta de outras. Abundam leituras dos cursos dele no Collège de France. E abunda a falta de leitura dos livros que ele publicou em vida, como O uso dos prazeres e O cuidado de si.

Nos anos 1970 estávamos em plena era da revolução sexual, e nessa época começou a publicar 3 estudos sobre a história da sexualidade. O lema, nessa época, era o da liberação sexual, do prazer liberado de qualquer grilhão, do sexo sem culpa.

E Foucault, já no vol. I da Historia da sexualidade, tentava dizer "cuidado aí, não é bem assim": no chão desse protagonismo e bom-mocismo contra a repressão do sexo, será que não passam mecanismos de poder que as pessoas simplesmente desconsideram, mas que igualmente as governam? Ao focar a crítica no caráter simplesmente repressivo sobre o sexo, não estaríamos fechando os olhos para mecanismos ainda mais insidiosos, que fazem o sexo falar ao invés de calar, se proliferar em inúmeras formas ao invés de parar, e ser em todas essas formas inteiramente regulado, tanto nos aspectos individuais quanto coletivos?

É certo que mecanismos de repressão existem e precisam ser localizados e combatidos. Mas Foucault deu vários passos a mais e ensinou que é importante desconfiar de qualquer bom-mocismo que transforma alguém em automático protagonista da História, arrastando consigo as consciências ignorantes. Esses apenas reiteram mecanismos que caberia a eles mesmos criticar.

Os monstros humanos em e existências transgêneros

Regiane Lorenzetti Collares, Giovana Carmo Temple

revistas.marilia.unesp.br/inde

Written and Said  
"DELEDALLE (Gérard), Histoire de la philosophie américaine. De la guerre de Sécession à la Seconde Guerre mondiale. Préfaces de Jean Wahl, professe...

An unpublished primary source of Michel , transcribed from his lessons from 1954-1955 at École Normale Supérieure and annotated by Jacques Lagrange: Problèmes de l’Anthropologie, published in Espaço Michel Foucault:

@PhilosophicalPsychology @philosophy @philosophyofscience @psychology

Lacan começa a ficar mais conhecido após a cisão na Sociedade Psicanalítica de Paris, em 1953, que dá lugar à Sociedade Francesa de Psicanálise. Nesse ano de 1953 ele escreve e fala em vários textos que depois marcaram época, pois são espécies de mistos de manifesto e programa do que faz e fará: O simbólico, o imaginário e o real, o Discurso de Roma e Função e Campo da Fala e da Linguagem em Psicanálise (relatório comentado no Discurso de Roma), dentre outros, dão o tom.

E não deixa de ser curioso que, de 1953 em diante,
passa a ter um jovem ouvinte e leitor cada vez mais interessado, chamado Michel Foucault.

leu muito , e muito provavelmente acompanhou algo dos primeiros seminários de Lacan, talvez antes deles começarem no Hospital Sainte-Anne. Em suas milhares de fichas de leitura inéditas, há algumas anotações sobre Lacan e, até mesmo, uma folha datilografada contendo erratas da primeira versão de “Função e Campo”, publicada em 1956 no número 1 de La Psychanalyse (cujo volume se intitula “Sur la Parole et le Langage”, askesis.hypotheses.org/3664).

Edmundo Cordeiro: Foucault e a existência do discurso

Texto excelente de introdução à do saber de Michel .

askemata.github.io/2023/08/09/

Post muito interessante mostrando que a polícia dos EUA se ocupa mais em outros expedientes ligados a vigiar e controlar a população (especialmente a desfavorecida) do que combater o crime.

O interessante é que já nos anos 1970, o filósofo Michel demonstrava precisamente isso: a polícia foi criada como uma espécie de controle disciplinar e populacional, como uma camada do "poder" suplementar à do poder soberano e jurídico, visando normatizar as condutas para além dos simples decretos escritos. Não é à toa que sua função principal era a de evitar saques e proteger o patrimônio da burguesia crescente e da nobreza decadente.

Que se veja o brasão da polícia do RJ, por ex: foi concebida como milícia para proteger especialmente os produtores de açucar e café.
QT: ursal.zone/@tortoarado/1108048

Bibiana e Belonísia  
Police are not primarily crime fighters, according to the data https://www.reuters.com/legal/government/police-are-not-primarily-crime-fighters-acc...

Michel : um pensar do corpo

Tradução do livro de Arianna Sforzini, pela editora Unesp

Foucault: História da medicalização (1974)

Conferência inédita de Michel no Rio de Janeiro, em 1974, no Instituto de Medicina Social da UERJ

FOUCAULT, M. Historia de la Medicalización. Educación Medica y Salud, v. 11, n. 1, p. 3–25, 1977 link.

CABESTAN, Philippe. Face à la folie. Psychose, phénoménologie et analyse existentielle (Daseinsanalyse). DoisPontos, [S.l.], v. 20, n. 1, jun. 2023. ISSN 2179-7412. dx.doi.org/10.5380/dp.v20i1.86.

Roland Jaccard faleceu em 2021, mas seu blog permanece de pé com diversos posts com relatos pessoais sobre seus encontros com Michel .

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