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# Estado da Arte: espaço acadêmico e debate público

Na edição deste sábado, o @Estadao destaca a reestreia do Estado da Arte. A matéria ressalta nosso objetivo de resgatar uma tradição de ensaísmo que fez história nas próprias páginas do com o Suplemento Literário, caderno idealizado por nos anos 1950. Nas palavras de Candido, a publicação buscava um “equilíbrio entre o movimento vivo da literatura e das artes e a tonalidade mais estável dos estudos universitários”. Do mesmo modo, o reafirma seu propósito de servir como uma ponte entre o ambiente acadêmico e o debate público, por meio de conteúdos multimídia de acesso livre. Em nosso site, confira uma série de textos inéditos, além da nova temporada do nosso podcast, O Cânone em Pauta.

estadodaarte.estadao.com.br/

Aristóteles: Ética a Nicômaco, I, 1
Notação de Bywater, tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim

askesis.hypotheses.org/4761

@philosophy

# Imbecilização e violência: a fórmula do cinema TikTok que conquista multidões

Câmeras colocadas nas salas de captaram a reação do público durante as primeiras sessões de  & . Desde : Ultimato não se via algo parecido: o espectador de cinema convertia-se em torcedor de seu time favorito e, a cada novo personagem ou situação apresentada na tela, comemorava aos gritos algum engodo nascido para viralizar na internet – o que, de fato, aconteceu.

palavrasdecinema.com/2024/09/0

Vi daqueles 's com camisa da seleção, e eram jovens.

Que indigência mental... Torçamos pelo crédito dado ao futuro.

Marcio LM boosted

Quem é patriota o é no que faz: preocupa-se com a coisa pública e vota com base em propostas partidárias e linhas seguidas pelos partidos.

Mas há aquele que faz cena de ser patriota: esse delega o patriotismo aos militares e a supostos "mitos" que viriam a salvar o país. São patriotas em terceira pessoa, isto é, não respondem por si mesmos - e via de regra tem algum rabo preso.

# País do futuro

Essa ideologia de que o é o "país do futuro" é resquício da era imperial, requentada com todas as camadas políticas até hoje e sustentada um pouco por termos um país grande.

De algum modo, isso justificou todo o desvario que vivemos até hoje, sob ilusões de nos compararmos toda hora com países que nos serviriam de exemplo. Outrora queríamos ser a , depois (até hoje) os . Atribuímos nossas coisas como o "caribe brasileiro", o "sul europeu", a "educação da Finlândia" e tudo o que autoriza desconfigurar o local concreto em nome de mistificações.

E no fundo, tudo o que temos de mais invejável a qualquer gringo que apareça - a , o , a - é a primeira coisa a ser sacrificada em nome de uma emulação forçada dos gringos, de uma busca de aprovação sem sentido, de uma auto-afirmação baseada no reconhecimento alheio.

Aí o brasileiro que tem alguma chance sai ao mundo, vê tantos países mais pobres, porém melhores e mais bem estruturados, pois preocupados com si próprios, e o que faz? Faz foto no para se julgar diferenciado dos demais brasileiros.

# Ética

Dall’Agnol, Darlei Ética / Darlei Dall’Agnol. – Florianópolis: EaD/NefipOnline, 2024.

nefipo.ufsc.br/files/2012/11/%

# NOTAS SOBRE A TEORIA DO ATOR-REDE: ORDENAMENTO,
ESTRATÉGIA, E HETEROGENEIDADE

John Law

Este artigo descreve a , um corpo de escritos teóricos e empíricos que trata das relações sociais, incluindo e , como efeitos de . A teoria é distintiva porque ela insiste que as redes são materialmente heterogêneas e argumenta que não existiria sociedade e nem organização se essas fossem simplesmente sociais. Agentes, textos, dispositivos, arquiteturas são todos gerados nas redes do social, são partes delas, e são essenciais a elas. E, num primeiro momento, tudo deveria ser analisado nos mesmos termos. Segundo esta visão, a tarefa da é caracterizar as formas pelas quais os materiais se juntam para se gerarem e para reproduzirem os padrões institucionais e organizacionais nas redes do social.

necso.ufrj.br/Trads/Notas%20so

Alguém aí sabe como fazer com que um site não seja lido por 's tipo ?

# Pobre Sul

Há muitos anos não deixo de ter a impressão de que o sul do Brasil tem sido a região que menos evoluiu e mais saiu comprometida com tudo, da pandemia aos eventos climáticos.

Tudo, no sul, precarizou: as mudanças climáticas são mais drásticas, não há investimento em melhoria urbana, o emprego está precaríssimo e via de regra informal, os preços aumentaram muito em todos os quesitos (combustível, imóveis, comida), as relações cotidianas se deterioraram (houve grande perda do senso de solidariedade e as pessoas se recolhem em nichos e bolhas), perdeu-se certa bússola sobre como se conduzir...

E o sul mantêm os mesmos políticos de sempre. E os mesmos slogans, muitos deles flertando com os piores preconceitos racistas e xenófobos, do tipo "AQUI se trabalha". Os índices são falsos, mas autoreferentes e inflados ("educação da Finlândia", "melhor nisso e naquilo", sem que o dado seja fidedigno), as palavras também ("porque lá pra cima é pior", "lá no nordeste...", "aquele povo que não trabalha"...)

A ultradireita afetou demais a percepção do sulista sobre o mundo. Há ali um anarcocapitalismo difuso, uma guerra velada ou muitas vezes explícita de todos contra todos, uma espécie de refugismo em pequenos apartamentos regados a netflix ou em bolhas identitárias das coisas mais fúteis.

Pobre sul... Quando vai despertar e voltar a ver sua exuberante mata atlântica, seus rios e a natureza ainda não atingida por seus agrotóxicos? Quando voltará a comer seu pinhão na chapa com chimarrão em manhãs frias? Quando voltará a ter aquela frieza que era só ressabiada, sem ser tão agressiva?

# Persistência das Fake News

Ontem falei que votaria no PT ou no PSOL e alguém prontamente me disse: *cuidado, pois o PSOL é quem administrava o Museu Nacional quando queimou*.

Achei super estranho e emendei: mas e não é a UFRJ quem administra o Museu Nacional? *Não, era o PSOL*.

Isso cheirava *Fake News* e não deu outra: na ocasião do incêndio, atribuíram o fato do reitor da UFRJ, Leher, ser do PSOL, e então misturaram tudo, passando a dizer que é o PSOL quem gerenciava o Museu.

É um festival de tolices, mas que cumpriu muito bem o papel de desviar o assunto e atingir resultados políticos duradouros:

Pois Leher, como reitor, nada tem a ver com o PSOL, e sim com a chapa que foi **eleita** pela UFRJ;

Pois o assunto serviu para desviar a atenção das responsabilidades do governo federal e da constante redução de investimentos públicos nas universidades;

Pois a notícia passa a fazer parte do ecossistema de ataque e desmoralização praticados pela ultradireita, dirigindo ao "inimigo da esquerda" toda sorte de ódio e desprezo.

Mas é mentira.

pragmatismopolitico.com.br/201

Volta e meia aparece um meme sobre um juiz cometendo barbaridades numa audiência virtual.

Na última, a juíza desrespeitou a advogada falando palavras de baixo calão em plena audiência. Mas lá pelas tantas, a juíza diz: odeio essas audiências virtuais, nelas todo mundo se acha juiz.

De algum modo talvez ela tenha tocado no essencial. Pois é uma aberração imaginar que poderia existir algo como uma audiência virtual, a ponto de irritar até o juiz. Para começar, todos os ritos são deslocados. A comunicação, os tempos, as possibilidades de fala são diferentes. Algumas audiências até cronometram o tempo permitido de fala.

Ninguém acha que um juiz antiético deixaria de sê-lo numa audiência presencial. Mas o fato é o de que essa invasão do virtual está prejudicando todo mundo que já tivesse antes uma posição fragilizada.

O está ampliando a política de generativa, e vai começar a treiná-las usando dados *pessoais* "públicos".

Mais uma rede social para cair fora.

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