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Assisti uma propaganda do governo Lula que joga com a arminha do Bolsonaro, transformando-a no L do Lula e dizendo que o Brasil voltou a melhorar.

É um tiro no pé, pois de tabela é uma propaganda pró-Bolsonaro: a linguagem inteira da propaganda equipara as duas figuras (arminha-fazer o L; Bolsonaro - Lula). O PT, ao igualar Bolsonaro a Lula, aumenta o status de Bolsonaro, faz o povo entender que haveria uma simetria onde nunca houve, mostra como se fossem duas opções opostas e antagônicas.

Além disso, o próprio PT põe em condição passiva, reativa e não ativa. O "L" é uma reação, vem em segundo lugar, contra a arminha que é a referência. Isso é perfeito para o , que pode investir na arminha sem sequer mencionar o L (pois afinal, já tem uma série de símbolos para Lula: Luladrão, Lularápio etc.)

Quem é pro-Bolsonaro não será convencido. Quem é anti-Lula também. E quem é indeciso será reforçado a pensar que seria uma espécie de opção (o que é falso, pois Bolso sequer figura no campo democrático).

O que a propaganda deveria fazer? Ela poderia manter toda a linguagem de que o Brasil melhorou, mas sem usar os símbolos que remetem ao Cramunhão. "Fazer o L" teria valor inerente, ativo e não reativo.

Você vai ao fastfood no RJ e o atendente, com a clássica má vontade fluminense, tenta te conduzir no totem de autoatendimento.

O tratamento é tão ríspido que você desiste da compra, até de recorrer sozinho ao autoatendimento.

Só pensei no mau tratamento do atendente: é como a barata que faz você odiá-la enquanto ensina a operar o chinelo.

O tem umas coisas muito bonitas. A última é o servidor mountains.photo de

Aquela saidinha básica no RJ: o Uber demora e quando chega é outro carro com outra placa. Cancelo por segurança e chamo outro, que vai demorar de novo. Desisto e vou comer um sanduíche: peço um e vem outro, do mais barato. Reclamo e o garçom abre o sanduíche com a mão, fecha e manda alguém botar salada.

Reclamo com a Sra idosa que cuida dali. Ela desfaz todo o erro, mostra o sanduiche no qual ele pegou na mão e traz outro. E ainda pede desculpas.

Algo se passa muito errado nesse mundão.

Régis Ouvrier-Bonnaz, «Análise e estrutura do trabalho de Jean-Marie Faverge», Laboreal [Online], Volume 5 Nº2 | 2009, posto online no dia 01 dezembro 2009,  URL: journals.openedition.org/labor; DOI: doi.org/10.4000/laboreal.9929

Marcio LM boosted

Videos from the Foucault: Genealogies for the Future conference, Rice University, April 18-19 2024
youtube.com/watch?v=BE32K4KNBF

The other papers are available too - by Frédéric Gros, Lynne Huffer, Laurie Laufer, Arianna Sforzini, Judith Revel, Orazio Irrera, Selin Islekel, Zachary Schwarze, Biko Mandela Gray, Daniel Wyche, Federico Testa, Sandra Boehringer, Philippe Chevallier, Philippe Sabot and others...
youtube.com/@nikikasumiclement

@intellectualhistory @philosophy

Marcio LM boosted
Marcio LM boosted

Uma das grandes curiosidades antropológicas do RJ é a autorização que os evangélicos dão a si próprios para aqueles cultos arrombados que não deixam ninguém do bairro assistir nem o jornal.

É como se o culto permitisse extravasar aquela raiva contida contra os outros - extravasada nos outros, que amanhã acordarão de mau humor e... amanhã tem novo descarrego.

O Mastodon perde muito em não ter o RT comentado. Não há promoção dos conteúdos internos ao Mastodon.

Le-Puy-en-Velay, eis um lugar sobre o qual jamais ouvi falar. É um dos inícios para os caminhos de Santiago, a Via Podiensis.

Marcio LM boosted

“With #Google offering AI-generated summaries instead of favoring human-written articles, how to survive the media apocalypse?
@caseynewton: We have to finish building the Fediverse.. :)) Yeah! So, the Fediverse is a way for the people to take back the Internet for themselves… it is a way of rebuilding a web where there is a lot of organic connections between people and publishers who like each other, and have ways to share money with each other.”
pca.st/imt0evmd?t=47m28s

Marcio LM boosted

49 #Manuscripts from the #Vatican were digitized this week wiglaf.org/vatican/2024/week21
Including a bunch of Coptic fragments, more 17th C music, both secular and religious, lots of law manuscripts, and more German.... stuff
#Medievodons #Medieval @bookhistodons @medievodons

É curioso como a psicologia aplicada às empresas tem um discurso prático bastante inchado, mas o discurso teórico é mixuruca. Isso serve para dar um ar de praticidade e de cientificidade já garantidas. Mas na hora em que vamos buscar a justificação das práticas, onde está?

O curioso é que já era assim em figuras como Hugo Munsterberg e Walter Dill Scott, há mais de 100 anos. É assim desde o início.

Algo muito curioso sobre os administradores é essa capacidade deles terem se um lado o esgoto do coaching, e de outro até filósofos como Marco Aurélio, Maquiavel e Sun Tsu para pensar sobre "liderança" e outros temas.

Só a existência desse leque já é muito curiosa, pois é como se coubesse tudo nesse saco vazio.

Mas... será que esse saco vazio não tem fundo? Tem sim, e nem vou dizer agora onde está, mas é possível especificar historicamente, direitinho, como essas coisas se tornaram possíveis.

O Espelho (Arsenii Tarkovsky)

Todo o instante que passávamos juntos
era uma celebração, como uma epifania,
no mundo inteiro, nós dois sozinhos.
mais leve que a asa de um pássaro,
estonteante como uma vertigem,
dois degraus de cada vez, e conduzias-me
por entre lilases húmidos,
no outro lado, para além do espelho.

Quando chegava a noite
eu conseguia a graça,
os portões o altar escancaravam-se,
e a nossa nudez brilhava na escuridão
que caía vagarosa.

E ao despertar
eu dizia “abençoada sejas!”
e sabia que a minha bênção
era impertinente.

Dormias,
os lilases estendiam-se da mesa
para tocar tuas pálpebras
com um universo azul,
e tu recebias o toque
sobre as pálpebras,
elas permaneciam imóveis,
e a tua mão ainda estava quente.

Havia rios vibrantes dentro do cristal,
montanhas assomavam por entre a neblina,
mares espumavam,
e tu seguravas
uma esfera de cristal nas mãos,
sentada num trono ainda adormecida
e – meus Deus do Céu!  – tu  pertencias-me.

Acordavas e transfiguravas
as palavras que as pessoas pronunciam todos os dias,
e a fala enchia-se até transbordar
de poder ressonante,
e a palavra “tu”
descobria o seu novo significado: “Rei”.

Objectos comuns
transfiguravam-se imediatamente,
tudo – o jarro, a bacia – quando,
entre nós como uma sentinela,
era colocada a água, laminar e firme.

Éramos conduzidos, sem saber para onde;
como miragens, diante de nós recuavam
cidades construídas por milagre,
havia hortelã silvestre sob os nossos pés,
pássaros faziam a mesma rota que nós
e no rio peixes nadavam correnteza acima
e o céu desenrolava-se
diante dos nossos olhos.

Enquanto isso o destino
seguia os nossos passos
como um louco de navalha na mão

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