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Nos anos 1970 estávamos em plena era da revolução sexual, e nessa época começou a publicar 3 estudos sobre a história da sexualidade. O lema, nessa época, era o da liberação sexual, do prazer liberado de qualquer grilhão, do sexo sem culpa.

E Foucault, já no vol. I da Historia da sexualidade, tentava dizer "cuidado aí, não é bem assim": no chão desse protagonismo e bom-mocismo contra a repressão do sexo, será que não passam mecanismos de poder que as pessoas simplesmente desconsideram, mas que igualmente as governam? Ao focar a crítica no caráter simplesmente repressivo sobre o sexo, não estaríamos fechando os olhos para mecanismos ainda mais insidiosos, que fazem o sexo falar ao invés de calar, se proliferar em inúmeras formas ao invés de parar, e ser em todas essas formas inteiramente regulado, tanto nos aspectos individuais quanto coletivos?

É certo que mecanismos de repressão existem e precisam ser localizados e combatidos. Mas Foucault deu vários passos a mais e ensinou que é importante desconfiar de qualquer bom-mocismo que transforma alguém em automático protagonista da História, arrastando consigo as consciências ignorantes. Esses apenas reiteram mecanismos que caberia a eles mesmos criticar.

Not every master is exactly that one that we imagine. An historical mistake surrounding a photo atributed to "Cartier-Bresson", but made by Rui Palha.

youtu.be/Z6TjZvs3Ges?si=BpvMeZ

"Fique tranquilo: nada está sob controle"

@miguelmedeiros@ursal.zone tb gostaria de saber, blt deveria ser uma coisa muito localizada e especifica.

Acho que sou o único ser do planeta que não acha legal fazer lives ou assisti-las. Menos ainda quando são acadêmicas.

@Bruiserzinha há alguns anos vez fui ver um imóvel parecido, era anexo à casa da dona.

Após me mostrar, passamos pela porta da cozinha que dá para a rua. Atrás dela estava escrito: "Se saí, fui com Deus; se não voltar, estou com ele".

Os jovens de antigamente até poderiam ser um nada (para aqueles que gostam de ignorar que a juventude é o futuro).

Aí veio o Tiktok e o Instagram (e de algum modo todo mundo pressente que não haverá mais futuro).

Na universidade há uma tensão cada vez maior entre atividades administrativas e acadêmicas, especialmente de pesquisa. Ocupar o tempo numas dificulta as outras. Não é à toa que as pessoas se encastelam nesses dois extremos. Só que a pesquisa sempre é o termo mais fraco, instável e custoso da coisa.

O Gmail quer que eu mude para um email aprimorado, com aquele cheirim de que uma IA fará tudo por mim.

Imaginar uma IA organizando meus dados é como imaginar os algoritmos das Big Techs organizando os resultados de busca e as coisas que aparecem nas redes sociais: um desastre.

Um trabalho do cão para depois ver todo mundo elogiando um gringo que fez a mesma coisa em melhor condição

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Tomei uns caminhos na pesquisa nos quais achei um bocado de coisas novas, que exigiriam tempos próprios para desenvolver cada uma e colocar no papel. O problema central já deixa semanas em frente à mesa, noite adentro e nos fins de semana.

E isso tudo vale menos do que os desvios e interrupções que precisam ser feitos para retrabalhos, burocracias, pequenos problemas etc.

Os anúncios sobre essa semana de calor parecem muito com aqueles do início da pandemia, nos quais as pessoas começaram a imitar os europeus e tomar vinho nas sacadas debaixo de 30oC. O período durou pouco e rapidamente as pessoas caíram nas mentiras do Mito.

A impressão de paródia é a mesma. Cria-se um alarme parecido com o dos EUA e da Europa, mas o que parece reinar de fato é o mesmo "quem quiser que lute" de sempre. Logo virão as reportagens sobre o calor no Arpoador e a ilusão de que todo mundo terá um tempinho para estar ali na pior hora.

@Bruiserzinha Meus sentimentos, força a você e todos na família

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