Há gente grosseira em todo lugar, embora há lugares com gente mais grosseira.
O interessante da grosseria do Rio de Janeiro frente a outros lugares e países é que, em geral, a grosseria é uma prevenção contra uma regra social não cumprida: a pessoa não deu passagem onde devia, falou ou fez o que não devia, criou uma situação desconfortável que não devia.
No Rio, a grosseria não tem a ver com regra compartilhada, mas com regra própria: eu é que vou realizar, ou realizei, algo não comumente acordado, então fd-se o outro que ficou no meu caminho.
Se há uma regra que o fluminense compartilha, é a regra de romper o acordo comum com os outros.
Num município do RJ deparo com um ônibus escolar de prefeitura escrito: "ônibus adquirido com recursos próprios".
Quem mandou escrever quer passar a mensagem de que foi com os próprios meios da prefeitura que o ônibus escolar foi feito.
Não é incrível? Aquilo que seria obrigação básica de uma prefeitura (recolher impostos - e ali os royalties são gordos! -, investir na cidade) é apresentado como diferencial e explorado com publicidade.
No Rio é sempre uma curiosidade antropológica o ritual de pedir licença: a pessoa para na sua frente e fica olhando com cara de "não vai sair não?"
Ou ainda, ao invés de pedir licença, vem o mando: "vou passar".
Está no YouTube a gravação da mesa Arquivos e Descolonização, que tive a alegria de dividir com Raquel Schefer e Michelle Sales no Seminário Arquivo e Contra-Arquivo, em maio na FGV, no Rio: https://youtu.be/OuyLd9vaJkI?si=_u5bySsQ2MzcD5DU
#OTD in 1905.
Albert Einstein sends the article On the Electrodynamics of Moving Bodies, for publication in Annalen der Physik.
Reconciled Maxwell's equations for electricity and magnetism with the laws of mechanics by introducing changes to mechanics, resulting from analysis based on empirical evidence that the speed of light is independent of the motion of the observer. Discredited the concept of a "luminiferous ether".
Saí do #twitter e fui para o #mastodon quando o #ElonMusk tomou conta da coisa.
Ainda me segurava no #instagram, pois as opçoes por lá são fabulosas, há muita possibilidade de edição de video, stories e utilização de músicas com "licença". Mesmo assim, comecei a usar também o pixelfed (em @sacreddrift ).
Mas a notícia de que a #Meta está usando #IA para aprender com dados pessoais está sendo uma pá de cal. Desmobilizou tudo, o restinho de energia direcionada (há tempos, de malgrado).
O que farei? Investirei mais no #fediverso e voltarei com mais força aos #blogs, talvez até ao #html estático com #Markdown.
Nesses tempos, é um imperativo ético sair dessas redes de #BigTechs , mas não só: é preciso tirar os outros de lá.
# WordPress blogs can now be followed in the fediverse, including Mastodon
WordPress.com owner Automattic made a commitment to the fediverse with the acquisition of an ActivityPub plug-in that allows WordPress blogs to reach readers on other federated platforms.
"O que as bibliotecas secretas de hoje têm em comum com suas precursoras medievais é apenas o regime de segredo. No mais, são diferentes. O que elas ocultam (...) são os softwares e algoritmos que programam o que virá – à revelia da sociedade. Nenhuma autoridade pública tem meios de examinar seus arquivos. As instituições democráticas não sabem o que elas pesquisam, testam e realizam. As agências reguladoras não conseguem inspecioná-las. (...)
L'excellent logiciel de gestion bibliographique Zotero s'accompagne d'un service de stockage en ligne pour sauvegarder et synchroniser sa bibliothèque. Mais c'est limité à 300 Mo, vite épuisés… Heureusement, on peut utiliser un service tiers, grâce au protocole WebDAV. Le blog Zotero francophone explique tout ça dans un très bon tutoriel, avec un focus sur les services de stockage du CNRS et d'Huma-Num, auquel de nombreuses personnes ici peuvent avoir accès. https://zotero.hypotheses.org/4791
Há um claro engano sobre o uso feito das redes sociais, e isso diz respeito à definição do que é um instrumento, do que são ações e do que é um discurso.
Ninguém pode pegar qualquer instrumento e fazer qualquer coisa (pegar um carro para atropelar iu uma faca para ferir), ninguém pode dizer qualquer coisa (pois existe calúnia e difamação etc.), ninguém pode agir como quer (macetar a cabeça do burocrata que te prejudica arbitrariamente, por ex.), pois existem leis que proibem isso.
Mas as três idéias se misturaram nas redes sociais e elas tem causado boa parte do que há de mau no mundo.
Seria fácil sair disso: bastaria dizer que os lmites para o que se pode dizer numa rede são os "mesmos" da vida lá fora.
Isso, claro, faria falir as redes sociais. Mas geraria um mundo bem melhor tb.
Enquanto isso, a tag #bolivia disputa com a #dogsdreamvacation
O caso de Julian #Assange é curioso: ele deveria ser um ícone do jornalismo e da liberdade de expressão, mas os jornais mundo afora o trataram com aquela pior das "neutralidades", como se não estivesse a democracia em jogo e até a pré-história das fake news operada por governos.
E agora, tantos anos depois, quando ele aceita um acordo para declarar-se "cilpado" para seguir uma vida livre, vi gente da mesma imprensa o criticando.
Depois de #Lula afirmar que irá proteger os mais necessitados, o #mercado e seus porta-vozes se descabelam, e o dólar sobe.
"Não considero isso um gasto", disse Lula ao ser questionado se pretendia desvincular #aposentadoria e #BPC — pagamento de um mínimo a deficientes e ao idoso com 65+ anos — do salário mínimo.
"Se eu acho que vou resolver a economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou pro céu, eu ficaria no purgatório."
Justo!
Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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