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@Williamfonseca vale dar uma olhada por ex em "A linguagem do terceiro reich", livro incrível que mostra não ser apenas uma questão de imposiçao, mas também de linguagem e de "desejo": o nazismo cresceu com muita gente que era boa e, não obstante, adorava o "mito" Hitler, gostava de suas lacraçoes, de seus dizeres, estética, "sabia" que ele era bonachão e, se mentia, era por uma causa maior, pois sabia que deveria combater os comunistas, os degenerados, os opositores, para fazer do país um lugar de Deus, pátria e família e... nossa, parece até outros tempos!

@Williamfonseca

Acho que é isso mesmo, sempre se pode descrever a coisa como a imposição de uma ideologia que o povo não conhece, ignora ou faz pouco caso (embora vale também as descrições sobre as quais, para além de ideologias e interesses impostos, também há o desejo de aderir ao que ocorre).

Mas nesse caso em especial, duas coisas me impressionam. A primeira é a coincidência de fonte dos temas, o século XIX e certo veio romântico. A segunda é que, depois da II Guerra, os judeus deveriam estar vacinados contra tal tipo de narrativa.

Algo impossível de entender sobre o sionismo: os judeus foram perseguidos pelo tema romântico da raça ariana pura e da degenerescência; mas caíram na narrativa, também romântica, do povo escolhido e do Estado destinado.

As redes sociais perderam o sentido. Não servem para compartilhar material, mas para engajar pessoas.

Vou ao Flickr e no Explore chove foto feia, apenas ali porque foi inflada por estratégia de engajamento. Instagram? Mesma coisa. E la nave va.

Se o Brasil fosse o aparelho psíquico de Freud, a presidência seria certo ideal do eu, o judiciário o superego e o congresso o id. O povo seria o ego.

Estava aqui lendo o vol. I da História da Sexualidade (A Vontade de Saber) e parece difícil não entender o que ocorre hoje em Israel, sob a limpeza étnica da Palestina, como uma espécie de consequência natural das políticas disciplinares e biopolíticas descritas por Foucault.

Ele demonstra muito bem como as práticas de segregação populacional se coadunam com a identificação de certo corpo "social", naquele caso (de Foucault), ligado ao europeu do século XIX e à crianção das sociedades ditas "burguesas".

Pois bem: o sionismo (ideologia do século XIX) e a idéia de criar um estado de Israel independente, governado por judeus e preferencialmente (não exatamente necessariamente, mas preferencialmente, o que explica tanto) preenchido por judeus, cabem muito bem no esquema de Foucault (Cf. por ex. as últimas páginas de "O dispositivo da sexualidade", p. 164-seg, da edição de 1976)

A teoria dos "recursos humanos" e da "gestão de pessoas" é um tanto curiosa. Se olharmos as "origens" dessa literatura, trata-se de uma série de pensadores de segunda (quando isso ocorreu) querendo criar teorias "científicas" num espaço que é de pura e simples manipulação de pessoas.

Que o diga a palavra "Management" (traduzida aqui por "gerência" e depois "gestão") e sua raiz, que significa a arte de tomar na mão, de manipular o cavalo, de exercitá-lo como se quer.

Daí é uma série de malentendidos até chegar no maior: o de tentar fazer que a psicologia caiba em temas absolutamente arbitrários, tais como "liderança", "motivação", "grupo" e outros. É mais um caso gritante no qual se pretende transformar simples palavras em conceitos científicos, e no pior dos sentidos.

parece aquele trabalho de faculdade feito na noite anterior à apresentação: aqui e ali você vê o que a coisa poderia ter sido, mas de resto é um desastre, desarticulado mas tentando convencer.

Estudos mostram que IA's médicas podem prejudicar pacientes, ao invés de auxiliá-los.

Para um anarcocapitalista isso não tem problemas, desde que os índices sejam baixos.

RT: @botPIGciencia mastodon.world/@botPIGciencia/

@y4k3nd0 perfeito, muito bons princípios a empregar!

É assustador ver como as pessoas vivem em bolhas e assumem as bolhas como suas "verdades", recusando quem possa pensar e viver outras coisas.

Não faz muito tempo, as pessoas eram criadas e formadas por certas referências nucleares, mas havia a possibilidade de transitarem em diversos universos. Conheço inúmeras pessoas que foram do cristianismo ao Daime, ao Metal e ao budismo, formando-se como pessoas absolutamente humanas e tolerantes não importando a referência que carreguem.

Mas hoje parece que é preciso sempre bater em alguém ou, quando não, assumir uma espécie de idiotismo auto-centrado (pois "idiota" vem do grego Idios, que significa o privado, próprio, particular, aquele que impõe as próprias posições sobre os outros).

Daí às redes sociais, é um pulo: as pessoas só sabem "curtir" quem faz parte da bolha e "cancelar" quem não faz.

E daí para a doença mental é outro pulo, pois ninguém é curtido para sempre. Em suas bolhas, as pessoas criam imagens sobre si próprias e sobre os outros. Mas basta escolher qualquer teoria psicológica para constatar que imagens não duram e uma imagem só serve para ser quebrada.

Pois afinal, somos apenas seres humanos.

**Desires**

Like beautiful bodies of the dead who had not grown old
and they shut them, with tears, in a magnificent mausoleum,
with roses at the head and jasmine at the feet -
this is what desires resemble that have passed
without fulfillment; with none of them having achieved
a night of sensual delight, or a bright morning.

*Constantine P. Cavafy (1904)*

Marcio LM boosted

@neilhimself gosh, I did not know The Sandman was a book on Politics & Government. #1 best seller in Censorship & Politics!

I would absolutely vote for The Sandman in 2024. Just sayin...

@tatianasaito@ursal.zone tudo pela metade do dobro

Marcio LM boosted

Das coisas que mais me surpreendem (e assustam) na garotada que está chegando é como elas são criadas e formadas em bolhas. É assustador. Há bolha para tudo, mas o que não há é permeabilidade entre as bolhas.

Pavlov dizia lá nos anos 1930 que havia instinto (agregado de reflexos incondicionados) para tudo: instinto alimentar, sexual, social... e ele chegou a dizer que havia até o instinto para o conhecimento e... o instinto de liberdade! Um instinto autocontraditório, mas ainda sim, um instinto.

E 100 anos depois é quase como se os jovens emulassem o que Pavlov dizia há 100 anos. Com a diferença de que Pavlov, ao menos, dizia que o homem nasceu com todos os instintos.

# Regra simples para a vida

Sempre imaginamos o futuro sob as condições do presente. Mas no futuro estaremos mais velhos e todas as condições terão mudado.

Melhor comentário sobre vídeo de Coach e RH ever.

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