As mesas de restaurante e cafe no RJ me revelam cada coisa...
Na mesa ao lado, pessoas de um hospital fazem um arranjo para certa pessoa começar a atender em psiquiatria. Chego a entender que a pessoa sequer é psiquiatra. Mas não faz mal, pois além dele, poderá trazer a mulher para atender.
Uma vez por semana, em torno de 30 pacientes. "Mas não precisa atender tudo isso não".
O olavismo tem crias e não são pequenas (não-intelectualmente falando). Tampouco estão quietas.
Há momentos nos quais, buscando coisas que se diriam sérias, a gente solta é uma imensa gargalhada
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=JmT6xHAHYigC
Komm mit
Antonio Negri, Story of a Communist: A Memoir - trans. Ed Emery, ed. Girolamo De Michele, Columbia University Press, October 2024
http://cup.columbia.edu/book/story-of-a-communist/9781912475377
Dia desses vi que um carro não parava de estacionar em minha garagem. Reclamei no síndico e descobri que eram os vizinhos. Eles haviam entendido, por um desígnio do umbigo, que poderiam estacionar ali. Depois que "descobriram" que não pode - isto é, tiveram a cara de pau até alguém ter que dizer isso -, vieram então pedir para mim a vaga.
Não permiti, salientando que outras vezes isso deu problema. Até hoje, não me olham na cara. Resumo: eu é que estou errado.
Suco de Rio de Janeiro.
Albert #Camus, journaliste, chez #Gallica
https://gallica.bnf.fr/blog/04042024/camus-journaliste?mode=desktop
A regra é clara: toda criança que ganha na cara um celular quando sai de casa para "ficar quieta" é alguém que não aprenderá a ficar quieta em circunstâncias diversas. Não aprende a ter autocontrole e, adivinha? Tenderá a ser mais um descompensado adulto, cheio de ansiedades e sem saber lidar consigo, com os outros e com o mundo.
Sempre acho engraçado quando o garçom fluminense recolhe o prato. Ele não deixa vc terminar a refeição direito, às vezes vc não largou o garfo, ou não engoliu a comida, ou ela nem desceu.
Mas naquele gesto de recolher o prato muito rapidamente há uma mistura de resquícios coloniais de serviçalismo, com resquícios coloniais de resisténcia a ele e pitadas da soberba do "estou pouco me zodendo para você"
Demorei para saber da existência da dita "teologia do domínio". Não concordo com esses discursos paranóicos com chave "tudo é um", mas esse vídeo é bte interessante:
Algumas coisas que percebo cada vez mais em alunos ingressantes na universidade:
- estreitamento brutal de vocabulário;
- tendência a considerar a leitura algo aversivo, e pior ainda se o texto for complexo ou longo e precisar de esmero e releitura;
- intensificação exacerbada da emoção e volubilidade emocional;
- dificuldade em entender onde está e quanto ao fato de que ele não é um cliente e sequer está num lugar onde pode dizer o que quiser sobre qualquer coisa, sem que isso tenha consequências;
- uma espécie de crença auto-evidente de que ou se é um sucesso notório, ou um redondo fracasso, sem meios-termos. Não há maior sentido de evolução, de se estar num **curso** com início, meio e fim, com dificuldades ocasionais e sobretudo aprendizados;
- Os alunos parecem achar que a vida é uma espécie de sucursal do Instagram, onde nos identificamos com uma imagem, um avatar imutável. Nesse sentido, não pode haver erro e qualquer erro é visto como fatalidade.
- Não à toa os discursos sobre depressão e suicídio estão na moda. Afinal, ao que tudo indica, parece que todo mundo tem que ser perfeito e sem defeitos; que a vida não é um aprendizado; que as relações humanas não possuem ruídos e necessidade de entendimento mútuo, construído dia-a-dia e com todo mundo.
Os alunos de hoje parecem surfar naquele verso batido de Renato Russo: "a primeira vez é sempre a última chance"
Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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