Sobre a relação amorosa de #Sartre e #Beauvoir
# A normalidade doente das organizações
https://catatau.wordpress.com/2024/07/30/a-normalidade-doente-das-organizacoes/
"Le médecin est la seule puissance morale de ce siècle"
Nerval
# A Marvel acabou, e a culpa é do Multiverso
Fui assistir #Wolverine e #Deadpool hoje. Não durei 30 minutos na poltrona. A #Marvel acabou e a pá de cal foi o "multiverso". Explico.
Nos anos 1980/90, universos como a Marvel e a DC começaram a deixar seus criadores preocupados: a multiplicidade de histórias começou a deixar tudo muito complexo, a desalinhar os personagens, a tornar o consumo de gibis ilógico. Quem comprava muito gibi começava a perceber que não havia linha nas ações, começava-se a se perder as linhas temporais e espaciais, o que um herói fazia aqui não batia com aquele outro gibi etc..
Na DC, criaram a "Crise nas Infinitas Terras" como uma espécie de obra universal que concentraria todos os personagens para dar uma espécie de zeragem no cronômetro e no ponto espacial: a partir do desfecho da "crise", a DC nivelaria as histórias, resetaria o universo, tudo teria sentido novamente.
O mesmo se deu na Marvel com sucessivas histórias, em torno de #Thanos, #Beyolder, "novas" gerações ou séries (Ultimate etc) reunindo todo mundo em torno de seres cada vez mais poderosos.
Quando começaram a filmar nos anos 2000, já houve o descompasso de estúdios diversos para heróis diversos. Já começou tudo sem lógica. As adaptações ao cinema, salvo raras exceções, atropelavam histórias, misturavam narrativas, encurtavam em menções curtas histórias que renderiam filmes inteiros...
Deu no que deu: desperdiçaram munição e é como se não restasse mais nada.
Como, então, resolver o problema? Refazendo exatamente o que eles fizeram nos gibis dos anos 80/90, só que em sentido inverso: não se trata mais de tentar reunir as narrativas, mas de admitir que daqui por diante nada precisará ter nenhuma coerência.
E assim se criou o Multiverso. As histórias foram discrepantes? Basta dizer que pertencem a multiversos distintos. Pois *qualquer* personagem agora poderá ter *qualquer* história, trocar de papéis (até multiplicar o mesmo papel, criar um universo inteiro com um só herói), morrer e ressuscitar, sem qualquer fidelidade a uma narrativa. Desde que se coloquem algumas piadas no meio e o público ache graça...
Trata-se do filme *on demand*: se este não colar, basta no próximo desdizer tudo, inventar um outro caminho do multiverso e assim por diante.
# Foucault and Dumézil on Antiquity
By Stuart Elden ( @stuartelden )
The biographical links between Michel #Foucault and the comparative mythologist and philologist Georges #Dumézil have received more attention than their intellectual connections. This article contributes by surveying Foucault’s engagements, from a 1957 radio lecture to his late lectures at the Collège de France. Particular focus is on lectures on #structuralism and #history in 1970, some references between 1970 and 1981, and the use of Dumézil’s work in each of Foucault’s two final courses at the Collège de France. In each, Foucault takes up Dumézil’s analyses of #mythology in developing his own projects concerning history and #antiquity.
Fui ver uma "fala" sobre Nietzsche no "Flow", do Youtube: um carinha que parecia cheirado, falando um monte de palavrões e que #Nietzsche "é um fdp". Metade do video era merchand para gamers, outra metade dizer que Nietzsche é um fdp e que o locutor pensa na vida enquanto está no chuveiro.
Nessas horas fico feliz de não ser mais uma embalagem no meio de tantas outras poluindo o mar da internet, a contrário do que fazem muitos colegas.
*An Outpost of Progress* - baseado em Joseph Conrad
*The Mountain of Gold* - grande filme inspirado na obra de Joseph Conrad
Texto muito bom, sobre tratamentos de moda mas sem fundamento:
https://revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2024/07/26/medicina-quixotesca-repete-erros-da-medicina-heroica-do-passado
> «À ceux qui cherchent un sens à la vie, Camus répond qu'on ne sort pas du ciel qui nous contient. À ceux qui se désolent de l'absurde, Camus raconte que le monde est beau et que cela suffit à remplir le cœur d'un homme. À ceux qui souhaitent la tyrannie parce que l'Homme n'est pas à la hauteur du bien qu'on lui veut, Camus dit qu'il faut aimer les hommes avant les idées. Aux partisans de la haine, il décrit la gratitude. Aux indignés et aux sectateurs d'un «autre monde possible» qui s'endorment, sereins, sur l'oreiller des contestations incontestables, Camus enseigne que la véritable exigence est le contraire de la radicalité. [...] Albert Camus soigne le désespoir par le sentiment qu'il n'est pas nécessaire d'espérer pour entreprendre ; c'est le seul homme normal que je connaisse.»
Raphaël Enthoven.
Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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