Komm mit
Antonio Negri, Story of a Communist: A Memoir - trans. Ed Emery, ed. Girolamo De Michele, Columbia University Press, October 2024
http://cup.columbia.edu/book/story-of-a-communist/9781912475377
Dia desses vi que um carro não parava de estacionar em minha garagem. Reclamei no síndico e descobri que eram os vizinhos. Eles haviam entendido, por um desígnio do umbigo, que poderiam estacionar ali. Depois que "descobriram" que não pode - isto é, tiveram a cara de pau até alguém ter que dizer isso -, vieram então pedir para mim a vaga.
Não permiti, salientando que outras vezes isso deu problema. Até hoje, não me olham na cara. Resumo: eu é que estou errado.
Suco de Rio de Janeiro.
Albert #Camus, journaliste, chez #Gallica
https://gallica.bnf.fr/blog/04042024/camus-journaliste?mode=desktop
A regra é clara: toda criança que ganha na cara um celular quando sai de casa para "ficar quieta" é alguém que não aprenderá a ficar quieta em circunstâncias diversas. Não aprende a ter autocontrole e, adivinha? Tenderá a ser mais um descompensado adulto, cheio de ansiedades e sem saber lidar consigo, com os outros e com o mundo.
Sempre acho engraçado quando o garçom fluminense recolhe o prato. Ele não deixa vc terminar a refeição direito, às vezes vc não largou o garfo, ou não engoliu a comida, ou ela nem desceu.
Mas naquele gesto de recolher o prato muito rapidamente há uma mistura de resquícios coloniais de serviçalismo, com resquícios coloniais de resisténcia a ele e pitadas da soberba do "estou pouco me zodendo para você"
Demorei para saber da existência da dita "teologia do domínio". Não concordo com esses discursos paranóicos com chave "tudo é um", mas esse vídeo é bte interessante:
Algumas coisas que percebo cada vez mais em alunos ingressantes na universidade:
- estreitamento brutal de vocabulário;
- tendência a considerar a leitura algo aversivo, e pior ainda se o texto for complexo ou longo e precisar de esmero e releitura;
- intensificação exacerbada da emoção e volubilidade emocional;
- dificuldade em entender onde está e quanto ao fato de que ele não é um cliente e sequer está num lugar onde pode dizer o que quiser sobre qualquer coisa, sem que isso tenha consequências;
- uma espécie de crença auto-evidente de que ou se é um sucesso notório, ou um redondo fracasso, sem meios-termos. Não há maior sentido de evolução, de se estar num **curso** com início, meio e fim, com dificuldades ocasionais e sobretudo aprendizados;
- Os alunos parecem achar que a vida é uma espécie de sucursal do Instagram, onde nos identificamos com uma imagem, um avatar imutável. Nesse sentido, não pode haver erro e qualquer erro é visto como fatalidade.
- Não à toa os discursos sobre depressão e suicídio estão na moda. Afinal, ao que tudo indica, parece que todo mundo tem que ser perfeito e sem defeitos; que a vida não é um aprendizado; que as relações humanas não possuem ruídos e necessidade de entendimento mútuo, construído dia-a-dia e com todo mundo.
Os alunos de hoje parecem surfar naquele verso batido de Renato Russo: "a primeira vez é sempre a última chance"
É interessante ver como o povo fit fixa um objetivo para a vida que é de "ser fit" e tudo gira em torno de uma ascese que consiste em certa alimentação "fit", rotinas de academia e tudo filmado várias vezes ao dia para sair no Instagram.
É uma versão ultra-rebaixada e requentada do que ensinaria O Retrato de Dorian Gray.
Hoje peguei Uber com um motorista argentino. Perguntei sobre #Milei. A resposta foi que ele é uma esperança, embora haja muita pobreza. O anterior era um "bandido", "igual a Lula". Milei "vai mudar a Argentina", mas isso "se o deixarem fazer".
Triste. São exatamente as mesmas idiotices de WhatsApp contadas para promover #Bolsonaro, só mudando o nome.
É o que Da Empoli chama de "Internacional Nacionalista".
Algo que tenho notado no sul do Brasil é a degradação geral das condições de vida. É na relação entre as pessoas, é nos serviços, tudo.
Antes da pandemia eu notava sempre, por exemplo, como o sul era tão mais fácil e barato de viver que outras regiões.
Agora a gasolina do sul concorre com a de lugares como as regiões mais turístico-predatórias do Rio de Janeiro. E o preço da marmita - aquela que sustenta o trabalhador - já é mais caro.
#introducao Sou o Tiago de Lima Castro. Sou professor de música e de filosofia, mesmo atuando mais na primeira. Fiz mestrado e doutorado em estética musical. No meu Blog e Podcast divulgo temas que pesquiso, entre outras cositas más...
Esse programinha é uma mão na roda
Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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