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Psicologia: Saúde e Narrativas (livro)

Luciana Oliveira dos Santos e Fabia Monica Souza dos Santos (orgs.)

Este livro é fruto de um processo de trocas iniciado em 2022 em uma atividade de ensino no curso de Psicologia da Universidade Federal de Jataí (UFJ) sobre a temática do cuidado no contexto da Educação em Saúde, em especial sobre Saúde Mental na Universidade. O bate-papo no final de uma aula levou a outras conversas, que se desdobraram em novos encontros e parcerias, agregando outros interlocutores, que geraram um evento de extensão e, dois anos depois, esse produto editorial. A proposta de construção deste livro, “Psicologia: Saúde & Narrativas”, que agora apresentamos a você, querido/a leitor/a, é um fruto derivado diretamente do evento de extensão “Espaços de Cuidado com a Vida no Ambiente Acadêmico”, em setembro de 2022.
Os textos aqui presentes, antes de serem escritos, foram falados e debatidos, negociados e costurados. Foram, no sentido mais amplo, cuidados. Sem esse contato vivo não teríamos a disposição para a escrita. Assim, conseguimos reunir sete capítulos, que se entrelaçam na empreitada de contar diferentes ocupações, negociações e jornadas, nas quais há um grande e complexo território: a universidade.
Nesta obra, embora com ênfases diferentes, percebemos o dar e receber/retribuir/agradecer, vinculando-se às narrativas de vida, e/ou relatos de experiência, na medida em que é possível fazer circular a palavra (em sala de aula, na sala de professores, nos espaços de supervisão, nos corredores da universidade, nos campos de estágio e onde conseguirmos estar), por meio do compartilhamento das experiências vividas, produzindo trocas e espaços dialógicos em que a formação se dá a partir do vínculo afetivo no espaço acadêmico. Assim, demonstra-se que as narrativas e os relatos de experiência podem ser utilizados no campo da Educação e da Saúde como “dispositivos de intervenção e reflexão” para esses estudantes, seus professores e outros participantes, produzindo um efeito formativo por meio de vínculos no espaço acadêmico. Torna-se, assim, um elemento de inclusão. É com essa compreensão que apresentamos o enlace por nós aqui proposto.

editora.ioles.com.br/index.php

Marcio LM boosted

Fato pouco enfatizado nas quase hagiografias que estão fazendo nos obituários do Delfim Netto: ele assinou o Ato Institucional Número Cinco.
"A. Costa e Silva
Luís Antônio da Gama e Silva
Augusto Hamann Rademaker Grünewald
Aurélio de Lyra Tavares
José de Magalhães Pinto
ANTÔNIO DELFIM NETTO
Mário David Andreazza
Ivo Arzua Pereira
Tarso Dutra
Jarbas G. Passarinho
Márcio de Souza e Mello
Leonel Miranda
José Costa Cavalcanti
Edmundo de Macedo Soares
Hélio Beltrão
Afonso A. Lima
Carlos F. de Simas"

Inteligência artificial invade publicações científicas

Erros e imprecisões recentes em revistas científicas, como a imagem de um rato com um pênis gigante ou uma perna humana com ossos demais, revelam a utilização cada vez maior da  () nessas publicações, em detrimento da sua qualidade.
Embora especialistas entrevistados pela AFP reconheçam o valor de ferramentas como o  para a redação de conteúdos, sobretudo em matéria de tradução para pesquisadores cuja língua materna não é o inglês, as correções recentes de algumas revistas apontam práticas desonestas.
No início deste ano, a imagem de um rato com genitais gigantes, amplamente compartilhada nas redes sociais, levou à retirada de um estudo publicado em uma revista da editora universitária , uma das principais no setor.

No mês passado, outro estudo foi retirado depois de mostrar uma imagem de uma perna humana com mais ossos do que o habitual.
Entretanto, para além dessas imagens alteradas, o maior choque para o setor vem do ChatGPT, o software desenvolvido pela empresa americana .

Em março deste ano, um artigo publicado pelo grupo editorial britânico viralizou porque começava com “certainly, here is a possible introduction for your topic” (claro, essa é uma possível introdução para o seu tema), uma fórmula típica das respostas do ChatGPT.

Esses erros, que escaparam dos controles dos especialistas encarregados de reler os estudos, são raros e provavelmente não passariam pelos filtros das revistas mais prestigiosas, disseram vários especialistas à AFP.

O uso da IA é muitas vezes difícil de detectar, mas parece estar aumentando na literatura científica.

O bibliotecário Andrew Gray, da University College de Londres, examinou milhões de artigos científicos em busca de palavras como meticuloso, complexo ou louvável, frequentemente usadas em excesso pela IA.
Segundo ele, pelo menos 60 mil artigos foram produzidos com a ajuda da IA em 2023, 1% da produção anual, e 2024 deve ocorrer um aumento significativo nesses números.
A associação americana Retraction Watch observou um recorde de 13 mil retiradas de artigos no campo científico em 2023, algo nunca visto antes.

Para Ivan Oransky, um dos cofundadores da organização, a IA agora permite industrializar a produção de estudos fraudulentos por meio de fábricas de artigos.

Esses centros de produção em massa geram inúmeros artigos de má qualidade, plagiados ou falsos, diz Elisabeth Bik, uma microbiologista holandesa especializada em detecção de imagens falsas.

Pagas por pesquisadores que estão ansiosos para produzir mais, essas “fábricas” estariam na origem de 2% dos estudos publicados por ano, mas esse número é disparado pela IA, diz ela.

Para Oransky, a IA alimenta um problema esmagador: a demanda insaciável de artigos por editoras e universidades exerce grande pressão sobre os pesquisadores, que são avaliados de acordo com sua produção, criando assim um círculo vicioso.
Em paralelo, as proteções contra essas “fábricas” de pesquisa são inadequadas.
O problema de fraude em massa foi destacado pela compra da editora Hindawi pela empresa americana , em 2021, que precedeu a retirada de cerca de 11,3 mil artigos publicados anteriormente pela empresa.

Em uma tentativa de resolver esse problema crescente, a Wiley implementou um “serviço de detecção de fábrica de artigos” que abusam da IA. Paradoxalmente, esse programa se baseia justamente na IA.

Entretanto, na semana passada, um pesquisador americano descobriu o que parece ser uma versão reescrita pelo ChatGPT de um de seus próprios artigos, publicado em uma revista da Wiley.
Samuel Payne, professor de bioinformática da Universidade Brigham Young, nos EUA, disse à AFP que havia solicitado a verificação do estudo em março.

Depois de perceber que se tratava de um plágio de seu próprio trabalho reescrito pela IA, ele se recusou a aprovar a publicação.
Payne disse que ficou surpreso ao descobrir que, em vez de retirar o artigo, o trabalho plagiado foi simplesmente publicado em outra revista.

O problema não é criar ou não uma IA geral. Basta criar um sistema funcoonal de várias IAs para o que se quiser.

Isso já é suficiente para emular um vivo.

Identitarismo e pluralismo

Vejo muita gente que vem de familia abastada trilhando o caminho do jovem místico: sem referência moral na vida, vai criando um amálgama de crenças, baseadas em traduções brasileiras sem notas de rodapé, de tradições religiosas e místicas, por vezes misturadas com medicalização psiquiátrica desconrolada.

É o exato simétrico e inverso do jovem religioso não-místico, que se bitola na religião com Bíblias sem notas de rodapé e rituais duvidosos, de adesão forçada mais à performance do que ao conteúdo, não importando se no catolicismo ou nas religiões neopentecostais.

E a cereja do bolo é o jovem ateu, bitolado num cientificismo ingênuo, de textos sem notas de rodapé, quando no melhor apoiado em Carl Sagan e quetais, mas decaindo rapidamente para Richard Dawkins e outros que nem vale a pena citar.

São formas de vida contrárias entre si, mas que se unificam no seguinte:

  • todas aderem às crenças de forma bitolada, rígida, dogmática, sem recursos;
  • as crenças não permitem sutilezas, e daí o fechamento em bolhas e doutrinas “sem notas de rodapé”;
  • isso é unha e carne com o identitarismo tão cultivado em nossos tempos, especialmente pelas agências de engajamento e Big Data, pois afinal, é como se todo mundo devesse se encaixar numa etiqueta;
  • e finalmente, isso tudo supõe uma negação fundamental do pluralismo, o qual se ligaria ao dinamismo da vida e à possibilidade de mudança.
Marcio LM boosted

Bizarrices bozísticas que Lula, se quiser, resolve numa canetada:

- exoneração de reitores não eleitos, nomeados pelo proto-ditador miliciano

- revogação de decretos que suspenderam concursos pra jornalistas, justo quando os Institutos Federais e Universidades mais precisam combater desinformação e negacionismo midiático

- revogação da suspensão de concursos de intérpretes de libras e audiovisual, em pleno pós pandemia onde a demanda institucional é altíssima

Por que não fez?

#educacao #InstitutosFederais #UniversidadePública

“Somente quando uma comunidade adere ao mentir organizado por princípio, e não apenas em relação a particularidades, a veracidade como tal, sem o apoio das forças distorsivas do poderio e do interesse, se torna fator político de primeira ordem. Onde todos mentem acerca de tudo que é importante aquele que conta a verdade começou a agir; quer saiba ou não, ele se comprometeu também com os negócios políticos, pois, na improvável eventualidade de que sobreviva, terá dado um primeiro passo para a transformação do mundo.”

(Hannah Arendt, Verdade e Política)

Superando o Turismo

Hakim Bey

Nos Velhos Dias o turismo não existia. Ciganos, Tinkers e outros nômades de verdade até hoje vagam por seus mundos à vontade, mas ninguém iria por isso pensar em chamá-los de “turistas”.
O turismo é uma invenção do século XIX – um período da história que algumas vezes parece ter se alongado em uma duração não natural. De várias formas, nós ainda estamos vivendo no século XIX. (…)

revistacarbono.com/artigos/08-

Javier Nogueira escreve informe sobre um livro interessante de Volker Spierling sobre ética, ainda não traduzido em português: Nada es más asombroso que el hombre. Trata da história da ética de Sócrates a Adorno. Informe do livro:

¿Es el ser humano una criatura monstruosa o bondadosa por naturaleza? La filosofía occidental ha ofrecido diferentes respuestas a esta y otras cuestiones fundamentales de la ética a lo largo de la historia. Mientras que san consideró que el simple hecho de amar a Dios hace bueno al hombre, concibió la voluntad de vivir como el verdadero motor de nuestros actos. En este exhaustivo ensayo, el filósofo e historiador Volker Spierling analiza once principios éticos clave, de a , a la luz de las distintas cosmovisiones y revoluciones del pensamiento en que se gestaron, y nos ofrece una brillante visión panorámica de la aspiración a la bondad, un tema profunda y vitalmente humano.

Dia 3 de agosto fez 100 anos da morte de Joseph Conrad, conforme @albertochimal o escreveu em La Jornada :

A un siglo de su muerte, Joseph Conrad aún nos cuenta cosas que preferiríamos no saber

Marcio LM boosted
Marcio LM boosted

"Our main concern is the potential impact that AI tools could have on the human motivation to continue creating & sharing knowledge. When people visit Wikipedia directly, they are more likely to become volunteer contributors themselves. If there is a disconnect between where knowledge is generated (e.g #Wikipedia) and where it is consumed (e.g. ChatGPT or Google AI Overview), we run the risk of losing a generation of volunteers and all the knowledge they help contribute."
sherwood.news/tech/ai-is-minin

Marcio LM boosted

Alguém tem que explicar as Olimpíadas do brasileiro: passa 4 anos valorizando só futebol, acha os outros esportes nada mais que coisa de projeto social, ONG e comunista, aí fica torcendo por um bando de gente que viveu a vida sendo desprezada e tendo que comer o pão que o diabo amassou para treinar.

No fundo, quem explica bem essa gente é o Bolsonaro: uma piada humana, tristemente perigosa.

Show thread

Na sala vip da Gol. Experiência antropológica da porr@. Como o brasileiro é nojento, metido a título de nobreza, refratário à modernidade querendo dar ares de moderno.

Gente também (contraditoriamente) metida a classista, mas no fundo um bando de vira-latas querendo dar ares de gente diferenciada, sem saber juntar lê com crê.

Sérgio Buarque já escrevia sobre essa gente afeita a ornamentos vazios em 1936, em Raízes do Brasil.

O ocidente criou a sociedade industrial. O Brasil criou a incompetência e a malandragem industriais. Difícil achar um serviço só que você não caia em algum assédio que te deixa dependente de algum reizinho de repartição para quebrar alguma.

E isso é muito mais notável no Rio de Janeiro, sociedade de viscondes e barões mal resolvida.

Propaganda eleitoral é liberada nas redes sociais?

Marcio LM boosted
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