"Mentir constantemente no tiene como objetivo hacer que la gente crea una mentira, sino garantizar que nadie crea en nada. Un pueblo que ya no distingue entre la verdad y la mentira no puede distinguir entre el bien y el mal: un pueblo privado del poder de pensar." ~ Hannah Arendt (1906-1975). #Filosofía
Sempre quis um celular degooglado, mas ainda parece meio difícil.
# O Ser Humano na Era da Técnica
Umberto Galimberti
Cadernos IHU ano 13 • nº 218 • vol. 13 • 2015 • ISSN 1679-0316
#tecnica #tecnologia #filosofiadatecnologia #filosofia
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quanta maravilha
maravilharia durar
aqui nesse lugar
onde nada dura
onde nada para
para ser ventura
- paulo leminski
# Por que a obra de João do Rio, apesar de sua enorme popularidade, caiu no esquecimento?
Quando morreu, em 1921, Joao do Rio deixou cerca de 2,5 mil textos, entre cronicas, contos e romances
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"É preciso convir, senhor, que o homem não é senão vicissitudes"
Sólon para Creso, em Heródoto.
Ser contra o nepotismo e a "política tradicional" / votar no filho do político do Centrão
@dausacker https://mastodon.social/@dausacker/113284165992708243
Surpreende a ingenuidade nos estudos sobre ética. Fala-se em tanta coisa como se fosse evidente. A noção de "bem", por exemplo. Trata-se pensadores antigos como se visassem algo semelhante às noções modernas. Bom em grego é agathon, e o superlativo dele é o que os gregos chamavam de "virtude", areté. Areté não tem o significado de "bom", e sim de "melhor", então os "virtuosos" gregos eram os aristoi, os "excelentes", virtuosos não no sentido de deterem o bem, mas de exercê-lo em ato... e "bem" que pode ser o aristeia guerreira, tanto quanto política, ou do engenho da ação... coisas muito longe da nossa noção de "bem".
Sem contar as derivações de areté (virtude) em significados aristocráticos e até vínculos de sangue ou constituição do caráter. Virtude, aliás, no latim deriva de "vir", que é qualidade masculina, do varão, jamais feminina. O que no grego se assemelha à virtude da andreia, "coragem", derivada de "aner" - "homem" em grego...
Então, para nem mencionar tantos outros termos, tudo se passa como se um moderno soubesse do que fala ao tratar de Ética. E aí você abre um livro de ética empresarial com autores achando que a noção de liderança (surgida nos séculos XIX-XX) poderia ter algo a ver com a virtude aristotélica, e la nave va.
Minha formação está galáxias distante de ser minimamente boa, mas os alunos de graduação de hoje em dia são perturbadores: muitos chegam na universidade refratários à leitura, são intolerantes com matérias não estritamente técnicas, não sabem o que foi Auschwitz e quem foi Goethe, Goya, Dali e tantos outros.
Não há cultura geral, nem disposição para tê-la. E isso não se traduz num interesse mais voltado às matemáticas, pois por lá as queixas são as mesmas.
É quase como se a vida, a educação, tudo, devesse emular o Instagram e o Tiktok.
# Mastodon recebe mais posts de brasileiros, após bloqueio do X
*A rede social sem fins lucrativos foi criada em 2016 pelo programador alemão #EugenRochko e teve como principal inspiração o #Twitter*
Quando você se sentir um idiota, lembre que a #Globo fez uma reportagem feliz sobre o lucro das sorveterias durante a maior onda de calor da História.
Isso de fato está cada vez mais claro.
A ascensão das "mídias alternativas" pelas plataformas não está substituindo a mídia hegemônica.
Eles passam a se retroalimentar numa mesma ecologia, com a mídia sendo cada vez + colonizada pela lógica da economia da atenção.
RE: https://bsky.app/profile/did:plc:b2yh7pcbcq6nh4lhpueffwp2/post/3l4grerob542p
Depois das eleições de ontem, alguém ainda acha que o bolsolalismo poderia continuar ignorado?
As mentiras continuaram correndo soltas e nem dá para dizer que isso ocorre pelas sombras, pois tudo correu solto nas redes sociais. A única diferença que vivenciamos hoje, frente ao passado, é que o #bolsonarismo não está no poder executivo. Mas está em todos os outros.
A pergunta é: até quando deixar avançar? Pois o mecanismo é o mesmo já denunciado por tanta gente, como #UmbertoEco, #HannahArendt, #KarlPopper e tantos outros: o fascista se apóia na possibilidade democrática de posicionar-se, sendo que ele se posiciona contra o direito de outros se posicionarem.
Pelo fascista, o outro perderia seu lugar, voz, posição, até a presença se possível. Mas enquanto isso não é possível, o fascista avança pelos meios democráticos, e quando pode, não perde a oportunidade de falar.
A linguagem é a primeira coisa a ser minada: o direito do fascista falar o que quer constrange os outros de o repreenderem. Aqui, nos sentimos constrangidos em corrigir a informação falsa; ali, ficamos inibidos em dizer que não é bem assim. O diálogo silencia. O efeito, para o fascista, é ele achar que o silêncio do interlocutor significa que ele próprio, o fascista, detêm a razão.
E então o fascista avança: seu tema imaginário, não repreendido pelo outro pelo teste do Real, passa a ser encarado como detendo certa verossimilhança. E então, logo à frente, o que era verossímil, aproximativo, presumível sob condições duvidosas, torna-se certa verdade e finalmente "verdadeiro".
E de repente o mundo real começa a ser recoberto pelo tema espalhado pelo fascista. Sua narrativa passa a perder o caráter de narrativa. E quando se vê, o que era narrativa começa a parecer descrição dos fatos, e aquilo que era de fato descrição efetiva acaba afundado pela narrativa fascista, tornada ela própria "real".
Esse é o momento da "polarização política", aquela em que hoje vivemos. Tudo se passa como se existissem duas narrativas, a de direita e a de esquerda. Elas seriam incomunicáveis entre si. Apenas uma estaria com a razão. E essa binariedade é a primeira grande vitória do fascista, pois se ela existe, foi porque o mundo real, o dos fatos e das inúmeras posições e nuances, foi posto em dúvida pelo fascista, recoberto por uma nova camada, transpassado por duas narrativas das quais apenas uma pode ser verdade.
O passo seguinte é aquele no qual o mundo real pode ser inteiramente mistificado. É o ponto no qual a polarização será suplantada pela narrativa única, a do fascista. Dali por diante, será Nós e os inimigos, "eles" (aquilo que sempre foi avisado no nível da linguagem).
Afinal, quem firmou a voz desde o início, e quem jamais deixou de falar, é o fascista. Não foi ele que se calou. Ele se apoiou no mecanismo da democracia, aquele que permitia múltiplas vozes. Habilmente, foi reduzindo a polifonia a apenas duas posições possíveis, a dele e a de todos os que estão contra ele. E a cartada final é sobressair-se como a única voz "real" e "efetiva".
Pois todos nós, lá no início, ficávamos meio quietos, meio constrangidos, às vezes com certa pena. E quando julgamos necessário agir, ficou tarde demais. Pois as palavras são ações, e as ações ditas prenunciam ações futuras.
Quem ganhou as eleições municipais?
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Interesses: História da #Filosofia, História das #CiênciasHumanas, História da #Psicologia, Michel #Foucault. Também por #arte, #natureza e #fotografia.
Posto: o que vejo diante dos olhos, nessa curta vida. Compartilho links e coisas que me interessam, interajo, guardo informações, cito trechos, conjecturo, separo coisas para ler...
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